domingo, 20 de novembro de 2016

A Técnica do Arco


I) Movimento circular


    A colocação do arco na corda, o ponto de tangência e o início do som são pontos importantíssimos na técnica do arco. Observemos os seguintes detalhes:

                 a) Colocação do arco na corda - É feita por meio de movimentos circulares. Esses movimentos podem ser horários ( usados quando o arco é movido para baixo) ou anti horários (usados quando o arco é movido para cima). Devem ser estudados no talão, meio e ponta com os seguintes movimentos:









 

   O dedo mínimo da mão direita precisa ficar posicionado de forma correta para conseguir fazer a supinação que é um contrapeso e serve para que o arco repouse suavemente sobre a corda e a toque de forma leve produzindo um som aveludado.

                 b) Ponto de tangência - Se localiza entre o espelho e o cavalete.



    O ponto de tangência pode mudar de acordo com a mudança de posição da mão esquerda. Nesse caso o que era errado na primeira posição passa a ser correto em posições mais altas.



               c) Início do som - É feito de forma crescente e sem interrupção a princípio, como uma voz humana cantando uma suave melodia. Assim como no início, o final do som deve ser de forma decrescente, perene e também sem interrupção.

II) Roulé


     O roulé é o movimento de virada de arco fazendo com que a crina deste fique hora virada para o rosto do executante e hora encostando toda na corda. Esse movimento é gradual. O arco muda de angulação em relação a corda no seu caminho do talão até a ponta ou da ponta até o talão seguindo a angulação que nos mostram as figuras a seguir:

                            Arco no talão                                                                              Arco no meio

                 








                    Arco pouco acima do meio                                                              Arco na ponta

                

No livro Il violino nella storia: maestri, teniche, scuole de Enzo Porta temos:


"La technique supériesar de l'atrhet, di Lucien Capet, apparsa nel 1916 a Parigi (Salabert, rist. 1952), è un lavoro di 144 pagine dedicato esclusivamente all'arco. Secondo Capet, la più spinta virtuosità della manosinistra sarà inutile ove non sia sorretta da un'altrettanto elevata virtuosità nell'uso dell'arco, che permetterà a cia-scuno di tradurre gli elementi più sottili e più profondi nella ricreazione dell'opera d'arte. Artista tra i più celebri del suo tempo, l'equivalente francese di ciò che era per il mondo germanico il grande Joachim, Capet si ri in quest'opera teorico e didatta tra i più profondi. Egli perviene alla sensi& • • ne massima della tecnica dell'arco, in linea con i grandi maestri che lo hanno p uto stabilendo tuttavia una versione più moderna della scuola franco-belga. Nella tenuta dell'arco egli modifica la posizione del pollice opponendolo al medio, piegato a formare con esso un anello in grado di far ruotare su se stessa la bacchetta (v. la trattazione del roulé, per padroneggiare questo piccolo prezioso movimento"), in modo da aumentare o ridurre la quantità dei crini che aderiscono alla corda. L'indice e il mignolo premo-no l'uno in una direzione, l'altro in quella opposta, secondo le necessità; l'anulare aiuta ora l'uno ora l'altro. I movimenti e le funzioni delle singole dita sono analiz-zati con la massima precisione, e altrettanto sviluppato è il concetto di parallelismo, quale fondamento di una buona condotta dell'arco. Segue un capitolo sulla divisio-ne o suddivisione dell'arco. Questa prospettiva appare nuova, poiché Capet l'ha portata fino all'estremo, dall'impiego di tutto l'arco fino alla suddivisione in ottavi di esso, con numerosi esempi. Seguono gli esercizi sul roulé", sul quale l'autore si dilunga raccomandando che esso sia eseguito dalle sole dita senza altri movimenti del polso o del braccio, per ottenere il controllo completo del rapporto crine-corda. Il trattato prosegue con lo studio delle note lunghe semplici e di difficili combina-zioni di note doppie, in cui l'equilibrio dell'arco è difficoltoso, con suoni filati e note d'accompagnamento, e con l'applicazione dei colpi d'arco che l'autore aveva ben illustrato nella parte teorica. Ci sembra opportuno segnalare l'ondulato, o tratteggiato, che unito al roulé può dare all'arco una rara completezza espressiva. Pochissimi sono gli esempi musicali e i riferimenti estetici. Capet ha concepito un'opera altamente speciali-stica, del tutto in linea con la tendenza didattica del primo Novecento, in cui ogni argomento doveva essere sviscerato al massimo in una prospettiva scientifi-ca. Malgrado ciò risulta evidente la statura musicale dell'autore, l'ideale di altis-sima espressività che sta alla base di ogni suo insegnamento. Non dimentichia-mo, a questo proposito, il filone quartettistico che lega Capet, attraverso il suo maestro Maurin, a Baillot stesso, in una comune tensione verso la massima raf-finatezza dell'arco, indispensabile per realizzare al meglio i capolavori della lette-ratura quartettistica. "






De acordo com Marco Antônio Lavigne e Paulo Gustavo Bosísio em sua obra Técnicas Fundamentais de Arco para Violino e Viola (1999:51):


Para obter uma qualidade de som mais profunda e flexível, não basta que o arco ezteja apoiado sobre a corda; é preciso que ele a penetre, que ele a possua, e para isso é necessário acrescentar ao apoio vertical (facilitado pela elasticidade da vareta) uma espécie de flexibilidade horizontal aumentando a sensibilidade desse apoio. Devemos fazer com que cada dedo da mão direita possua um controle infinitamente mais sutil do que o simples apoio de toda a mão. Isso ocorrerá através de um golpe de arco ao qual daremos o nome de golpe de arco roulé (a vareta deveré girar de um lado para outro entre o polegar e o médio durante o estudo do golpe de arco). (Capet 1929:23); o movimento básico consiste em estender e flexionar o polegar durante a arcada; observar a distribuição do arco".


III) Spiccato


     Som cortado e marcado, executado pelo conjunto dedos, punho e braço. O pulso e o braço entram no movimento. O spiccato deve ser executado na parte do arco em que se encontra o ponto de equilíbrio, nele o arco tem mais flexibilidade e consegue assim que o arco salte um pouco. O ponto de equilíbrio não é o mesmo que o meio do arco, ele fica antes da metade, mais próximo do talão. Esse salto do arco é controlado pelos dedos, pulso e o movimento envolve também o braço direito como um todo. Devemos estudá-lo bem devagar, a princípio no talão, meio e ponta.

     Segundo Marco Antônio Lavigne e Paulo Gustavo Bosísio em sua obra Técnicas Fundamentais de Arco para Violino e Viola (1999:24):


"O spiccato é um dos principais golpes de arco, caracterizando-se por um movimento cíclico, elástico e pendular, que faz com que as crinas do arco saiam da corda após cada nota. • Neste sentido, poderia ser subdividido em uma fase na corda — quando as crinas tangem a mesma, colocando-a em vibração — e duas fases aéreas — quando as crinas abandonam a corda, para a mudança de direção do arco.
O sucesso de um spiccato depende de fatores que vão desde questões relativas às condições materiais — qualidade do instrumento, peso do arco, resistência da vareta, tensão das crinas, curvatura do cavalete, espessura das cordas etc. —, até outras que dizem respeito ao comportamento do executante — regularidade da arcada para cima e para baixo, ponto de contato do arco com as cordas, âmbito das diversas fases (aérea e na corda), quantidade e região do arco etc.
O movimento utilizado para a realização do spiccato tem origem no détaché. Sem um détaché de boa qualidade, torna-se impossível a realização de um bom spiccato. Por isso, recomenda-se que todas as passagens em spiccato sejam precedidas por minucioso estudo em détaché.
Muitos problemas que ocasionam a falência de um spiccato, advêm de questões que não dizem respeito ao golpe de arco propriamente dito. Dentre outros poderíamos citar a contratura do braço, a ausência de paralelismo, sonoridade deficiente, distribuição ou quantidade de arco defeituosa, falso ponto de contato, mudança de corda irregular, inclinação desproporcional do arco etc..
Quanto ao spiccato em si, os erros mais freqüentes estão relacionados com uma fase aérea muito pronunciada - que gera uma arcada excessivamente percutida -, ou fase na corda inconsistente, de resultado pouco satisfatório.
Spiccato é um golpe de arco que necessita de um balanço próprio. Mal comparando, seria com uma bola posta a quicar por um jogador de basquete. A bola quica por si só, mas os movimentos harmônicos e regulares do jogador são imprescindíveis, para que isso aconteça.
Em relação à velocidade, o spiccato possui limites de realização, tanto no que diz respeito ao menor, quanto ao maior tempo a ser executado".