segunda-feira, 6 de abril de 2015

A Didática Violinistica




Claire Bernard (à direita) com Dominique Hoppenot, no "Concert à Asnières" em 1976.

Dominique Hoppenot, professora de violino há más de vinte anos chegou a conclusões bastante evidentes, entretanto, pouco comentadas em relação ao estudo e à execução técnica desse instrumento. 
Os alunos, assim como os seres humanos de um modo geral, possuem padrões de comportamento que se repetem. Infelizmente, a maioria desses padrões não se enquadram à verdadeira essência da arte musical. Dificilmente estuda-se buscando a verdadeira essência desse instrumento. Razões externas geralmente norteiam a procura pelo violino deixando de lado fatores importantes como a arte e as possibilidades técnicas. A verdadeira razão de seu estudo. Por isso poucos sobressaem no campo artístico. Não em relação à mídia mas sim como verdadeiro músico. 
Antes de entender o instrumento deve-se compreender o próprio corpo. Seus mecanismos de produção de força contrapesos, pronação, supinação, relaxamento e respiração. Caso esse entendimento não ocorra a técnica violinística fica comprometida. O violino deve ser visto como extensão do próprio corpo e ser tratado da forma mais natural possível. 
Quando não há paz no ambiente de estudo, não se determina um tempo diário e uma metodologia para tal, estuda-se cansado e desconcentrado não obtemos resultado. 
O professor, por sua vez, não está isento de culpa por empregar metodologias ineficientes e ultrapassadas. 
A técnica do controle mental é a mais importante para se aprender a ser artista em um instrumento. O desbloqueio e a preparação adequada da mente é fato primor.. A mente harmoniza o corpo, prepara-o para o novo evento. Cada gesto passa a ter uma razão de ser, a concentração aumenta e o relaxamento muscular se faz notar. O medo diminui. Dia a dia travamos um embate com e nosso pior inimigo: a mente. Se não passarmos a tratá-la como amiga, nada se resolverá_Estudamos para nosso prazer, não para um concurso. Quando o prazer acaba cessa a razão do estudo. 
Vale considerar também a mudança de níveis de estudo. As dificuldades técnicas são representadas, muitas vezes, em exercícios posteriores. Quando não se muda de nível não se progride. Estudar da mesma forma as mesmas coisas durante anos é ineficaz. Em um estágio profissional a técnica é relembrada na própria música, o que deveria ser feito já no inicio do aprendizado violinístico, poupando o alumo de sacrificar-se estudando métodos que não se enquadram mais nos dias atuais, apesar de serem valiosíssimos como pesquisa histórica e de terem cumprido um excelente papel em seu tempo. 
Não se faz um recital de escala e arpejo. Não se dá um concerto de mudança de posição. Não se executa um duo em corda solta e muito menos um quarteto só na quinta posição. 
O que Dominique propõe é que façamos música Sem burocracia sem desculpas e sem desvirtuar-se do caminho da verdadeira arte. 


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