São muito remotas a origens do violino, não sendo possível estabelecer com exatidão de qual instrumento da antiguidade originou-se, se provém da Europa ou do Oriente. As opinões dos autores divergem neste particular.
François-Joseph Fétis em sua "História Geral da Música" defende a origem oriental do mesmo. Outros historiadores como Vidal, Tolbeck e Hart igualmente se dedicaram a este assunto, estudando não somente a evolução das antigas violas, que certamente deram origem ao atual quarteto de cordas, mas também instrumentos mais antigos como o cruth, rebecs, gigas etc.
Entre os instrumentos antigos que se podem considerar como antecessores do violino podem ser citados o ravanastron da Índia e a lira da Grécia.
O violino, tal como conhecemos é produto de lenta evolução que se processou através de lenta evolução que se processou através de séculos até atingir a perfeição, fato verificado na segunda metade do século XVI na Itália, com as famílias de Amati, Stradivarius e Guarnerius, representando a escola de Cremona e a escola de Brescia, com Gasparo de Saló como principal representante.
Os instrumentos primitivos possuíam cordas que para soarem eram puxados com os dedos ou palhetas de madeira ou marfim e depois relaxadas, produzindo pizzicatos com auxílio da mão direita. A mão esquerda, muito menos trabalhosa e mais fácil, era dada a tarefa de delimitar as cordas. Com o aparecimento do arco manteve-se tal disposição, sendo esta a principal razão do empunhamento do arco com a mão direita e do violino com a mão esquerda.
Um dos mais antigos instrumentos de corda é a lira grega. Estas liras possuíam várias formas. Tolbeck em seu livro "L'art du luthier" mostra uma lira de pastores, que consistia numa carapaça de tartaruga com dois braços para cima, ligados por uma trave onde se firmavam as cordas presas à carapaça. George Hart se refere a esse instrumento e cita uma lira de uma só corda que dá o nome de "chely" ou seja "tartaruga". Conta a lenda:
Observe-se que os alemães davam o nome de "Chebys" às suas violas. Parece haver uma analogia entre os instrumentos de arco e a antiga lira.
Hart é apologista da origem oriental do violino, ao contrário de Fétis, Vidal e Tolbeck, que preferem considerá-lo como oriundo do oriente. William Chappell e Roger North, citados por Hart, também negam a origem asiática do violino.
No entanto, parece-nos mais acertada a teoria de Fétis, pois foi do oriente que vieram todos os conhecimentos científicos, até as artes.
Sendo o violino um instrumento de corda e arco, só nos interessa sua evolução com o advento do arco. São inúmeros os instrumentos de corda produzidos pela antiga luteria indiana.
Na China antiga já se conhecia um instrumento manejado por arco que parece ter sido importado da Índia.
Fétis afirma que nem gregos, e tão pouco assírios e egípcios não conheciam o arco, tendo sido a Índia o país onde apareceram os primeiros arcos rudimentares.
A notícia mais antiga que se tem de um instrumento de cordas data de 5000 A.C, é o Ravanastron, instrumento primitivo que nem de longe lembra os atuais.
Ravana, rei do Ceilão é dado como seu inventor. É ainda Fétis que cita outro instrumento, o Ormeti, semelhante ao primeiro, porém aperfeiçoado, sobretudo no que diz respeito ao arco. Ainda há o "Chikara", com arco de madras.
A introdução dos instrumentos de corda e arco no ocidente, deve ter sido feita através das invasões árabes na Península Ibérica. A história de todos os povos e das artes está intimamente ligada às migrações. Viajantes como Marco Polo e guerras de conquista, como as de Alexandre "O Grande da Macedônia". William Chappell cita Alexandre e procura demonstrar a origem teutônica dos instrumentos de corda e arco, dando como razão o fato de Alexandre não haver levado o arco para a Grécia. Porém estas observações são meras hipóteses, pois sabemos que o grande guerreiro jamais voltou à Grécia, tendo morrido em Lusa.
Todavia, uma coisa é certa; o fanatismo religioso das cruzadas, levando o ocidente a invadir o oriente, trouxe, ao lado de muita miséria, muitos conhecimentos e provavelmente novos instrumentos musicais, desconhecidos na Europa.
"Mal saiu do seio materno, não ficou envolto nos sagrados cueiros; pelo contrário, imediatamente ultrapassou o limiar do antro sombrio. Encontrou uma tartaruga e dela se apoderou. Estava ela na estrada da gruta, arrastando-se devagar e comendo as flores do campo. Ao vê-la o filho de Júpiter alegra-se; pega-a com ambas as mãos, e volta para a sua morada, com o interessante amigo. Esvazia a escama com o cinzel de brilhante aço e arranca a vida à tartaruga. Em seguida, corta alguns caniços, na medida certa, e com eles fura o costado da tartaruga de escama de pedra; em volta estende com habilidade uma pele de boi, adapta um cabo, no qual, nos dois lados, mergulha cavilhas; em seguida, acrescenta sete cordas harmoniosas de tripa de ovelha"."Terminando o trabalho, ergue o delicioso instrumento, bate-o com cadência empregando o arco, e a sua mão produz retumbante som. Então o deus canta improvisando harmoniosos versos, e assim como os jovens nos festins se entregam à alegria, ele também conta as entrevistas com Júpiter e a formosa Maia, sua mãe, celebra o seu nascimento ilustre, canta as companheiras da ninfa, as suas ricas moradas, os tripés e os suntuosos tanques que se encontram na gruta".
(Hino homérico)
Observe-se que os alemães davam o nome de "Chebys" às suas violas. Parece haver uma analogia entre os instrumentos de arco e a antiga lira.
Hart é apologista da origem oriental do violino, ao contrário de Fétis, Vidal e Tolbeck, que preferem considerá-lo como oriundo do oriente. William Chappell e Roger North, citados por Hart, também negam a origem asiática do violino.
No entanto, parece-nos mais acertada a teoria de Fétis, pois foi do oriente que vieram todos os conhecimentos científicos, até as artes.
Sendo o violino um instrumento de corda e arco, só nos interessa sua evolução com o advento do arco. São inúmeros os instrumentos de corda produzidos pela antiga luteria indiana.
Na China antiga já se conhecia um instrumento manejado por arco que parece ter sido importado da Índia.
Fétis afirma que nem gregos, e tão pouco assírios e egípcios não conheciam o arco, tendo sido a Índia o país onde apareceram os primeiros arcos rudimentares.
A notícia mais antiga que se tem de um instrumento de cordas data de 5000 A.C, é o Ravanastron, instrumento primitivo que nem de longe lembra os atuais.
Ravana, rei do Ceilão é dado como seu inventor. É ainda Fétis que cita outro instrumento, o Ormeti, semelhante ao primeiro, porém aperfeiçoado, sobretudo no que diz respeito ao arco. Ainda há o "Chikara", com arco de madras.
A introdução dos instrumentos de corda e arco no ocidente, deve ter sido feita através das invasões árabes na Península Ibérica. A história de todos os povos e das artes está intimamente ligada às migrações. Viajantes como Marco Polo e guerras de conquista, como as de Alexandre "O Grande da Macedônia". William Chappell cita Alexandre e procura demonstrar a origem teutônica dos instrumentos de corda e arco, dando como razão o fato de Alexandre não haver levado o arco para a Grécia. Porém estas observações são meras hipóteses, pois sabemos que o grande guerreiro jamais voltou à Grécia, tendo morrido em Lusa.
Todavia, uma coisa é certa; o fanatismo religioso das cruzadas, levando o ocidente a invadir o oriente, trouxe, ao lado de muita miséria, muitos conhecimentos e provavelmente novos instrumentos musicais, desconhecidos na Europa.
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